Giordano Bruno nasceu em Nola, Itália, em 1548. Ingressou no convento de São Domingos, em Nápoles, onde foi ordenado ao sacerdócio e onde alcançou o doutorado em teologia.
A Igreja Católica nutria uma concepção teocêntrica medieval e se enxergava como a representante máxima de Deus entre os homens. Seus líderes julgavam-se guardiães das doutrinas sagradas (virgindade de Maria, a Trindade, a divindade de Cristo e tantas outras), como também defendiam o direito de dominar as nações, e controlar o conhecimento filosófico e científico.
Giordano Bruno insurgiu-se contra os dogmas católicos, de vez que passou a duvidar das doutrinas da Igreja. Bruno questionava o inferno, o diabo, a virgindade de Maria, a Trindade, o Espírito Santo, a Cristologia. Suas idéias pregam a separação entre o Estado, a Igreja, a Filosofia e a Ciência. Embora doutor em teologia, sua filosofia é o que mais aflora, tendo como característica uma volta aos princípios do neoplatonismo de Plotino e ao hermetismo da Europa pré-cristã. Seu pensamento, gnóstico em essência, conduziu a magia da renascença às suas fontes pré-cristãs. Nesta concepção, Deus está em tudo que existe, não havendo como dissociá-lo da matéria. Visão holista do universo e de toda a realidade.
A reflexão a destacar na vida de Giordano Bruno é quanto a sua resolução em não desistir de suas idéias, mesmo diante da morte. Diante disto, perguntamos: seria a vida menos valiosa do que as idéias? Ou as idéias devem ser equilibradas à vida em valor? Renunciar idéias é renunciar à vida?
Willians Moreira
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