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quarta-feira, 14 de março de 2012

CONCLUSÃO PARCIAL SOBRE O PROBLEMA DO MAL EM LEIBNIZ

 

Após as abordagens sobre "O Problema do Mal em Leibniz", chega-se à conclusão de que Leibniz não resolveu o problema do mal, antes, de certa maneira, deixa-o agravado. Leibniz repetiu o que séculos anteriores testemunharam ante a tentativa de responder a questões atinentes ao fenômeno do mal, mas não sem dar sua contribuição criativa em muitas considerações. Embora as contribuições de Leibniz para a solução do problema, via de regra, sejam mais uma tentativa de acomodação ao entendimento da cristandade do que irrefutáveis respostas filosóficas, o filósofo conseguiu atiçar a reflexão, pois suas conclusões são, sem dúvida, muito instigantes. Leibniz sustentou a teologia tradicional com uma filosofia que se ajoelhava ante as opiniões dominantes, respaldadas pelos governantes políticos e religiosos. Assim, o problema do mal quedou, mais uma vez, sem resposta definitiva. O que não é de se estranhar. Em todo o sistema leibniziano, patenteia-se a tentativa de acomodar a sua filosofia à sua teologia. Ou, como era seu desejo, compatibilizar fé e razão. Sua teologia e sua filosofia, fundadas em pressupostos cristãos e em pressupostos filosóficos antigos, não se prestam suficientemente a uma fundamentação filosófica para à questão do mal, pois que se apresentam apenas "recitando" a revelação com um filosofês arremedante de uma teologia tradicional.

 Willians Moreira Damasceno
 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (A bibliografia aqui apresentadas refere-se a todas as postagens sobre "O Problema do Mal em Leibniz")

 

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