Propostas de reflexão teológica e filosófica, como também apresentação de crônicas, poemas, etc.
segunda-feira, 4 de abril de 2011
DIFERENÇA ENTRE SABER E SENTIR
PARCIALIDADE E IMPARCIALIDADE DOUTRINÁRIAS DO NOVO TESTAMENTO
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
MUDANÇA E ALTERAÇÃO DE NOME
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
BALANÇO DE AUTODOAÇÃO
domingo, 13 de fevereiro de 2011
O KOINÊ
O único termo técnico usado mais comumente como emblema para o Grego do período helenista é a palavra koinê. Esta palavra grega significa simplesmente "comum"; o significado desta palavra no contexto aqui empregado requer uma definição que suplemente a mera tradução. Grego koinê tem três qualificações distintas: 1) A qualidade temporal de ser posterior ao período do grego clássico; 2) A qualidade "comum" refere-se a não ser um dialeto, mas um amplo desenvolvimento da linguagem popular; 3) A qualidade de ser "comum" em um sentido cultural, de ser "vulgar", aqui sendo mais uma distinção entre o koinê semiliterário, que está próxima do estilo clássico, e o koinê não literário, usado pelo povo de pouca educação formal.
O primeiro sentido de koinê, o temporal, como grego falado e escrito após o período do grego clássico, tinha passado longe de encontrar seu significado no fato de ser apenas uma mudança de linguagem, mesmo porque não somos todos conscientes de mudanças na nossa própria língua. A mudança social e a variedade infinita do pensamento humano fazem ricas contribuições para o desenvolvimento e diferenciação da linguagem falada e escrita.
Essas mudanças notáveis na pronúncia e vocabulário são acompanhadas pela pequena, mas significante mudança na forma. O grego clássico foi mais sintético do que o Inglês moderno. Quando um falante de Inglês moderno diz: "I have loosed", ele usa uma linguagem analítica. Quando o grego antigo expressava a mesma ideia para dizer le,luka, ele usava uma linguagem sintética. A palavra grega foi construída pela adição de um prefixo e um sufixo à base verbal. Essas adições são chamadas "inflexão". No curso do tempo, o grego clássico tornou-se menos sintético ou com menos inflexões e mais analítico. O progresso nessa direção foi comparativamente rápido nos três séculos depois de Alexandre, o Grande, e tem continuado até o presente, embora no grego moderno não haja infinitivo, o particípio tem somente uma forma.
Mas isto não significa que não houve um padrão depois de Alexandre. O uso da prosa ática no período do grego clássico tornou-se o padrão da excelência linguística. Isto deu razão para um movimento definitivo no primeiro século a. C. – O Aticismo, uma imitação do uso ático. Mas o número de pessoas falantes da língua grega cresceu rapidamente em cada geração; uma linguagem simples e comum foi requerida por ambos, exército e império, estendendo-se sobre a Grécia, Síria, Ásia Menor, Egito e ilhas do mar. O desenvolvimento resultante fez a língua koinê linguisticamente significante para definir o grego helenístico como grego pós-clássico.
Dissemos acima que o Koinê era "comum" também no sentido de que não foi apenas um dialeto, mas era singularmente a possessão comum de todos aqueles que falavam grego no período pós-clássico. Várias tentativas foram empreendidas para identificar elementos locais ou provinciais no koinê, mas nada foi encontrado que recebesse aprovação geral dos estudiosos. Certas palavras, no entanto, ou certos significados têm sido identificados como peculiar ao Egito ou Síria e Ásia Menor, mas não há uma distinção clara entre o Koinê egípcio e o sírio como há entre dialetos antigos, como, por exemplo, entre o ático e o dórico. A fonte principal do Koinê foi o grego ático, mas alguns elementos foram incorporados de outros dialetos, notavelmente o jônico.
O segundo sentido de Koinê é o sentido de linguagem popular. O grego literário do período era mimético. Em geral, pode ser dito que quanto mais culto um autor era, mais aticista era a sua palavra. Se o escritor era alguém popular, diz o escritor de orientação recebida no Egito, ele nunca sentiu a influência do estilo ático. Mas se ele era um intelectual, como Luciano o foi, ele fez aparecer o modelo ático em tudo que escreveu. Entre esses dois extremos não há um abismo vazio. Pelo contrário, todos os graus possíveis de Aticismo podem ser ilustrados a partir de escritores desse período. Nem todos foram igualmente bons aticistas em todos os detalhes. O historiador Deodorus, escritor que usou o koinê, intercambiou eivj e evn, mas se aproximou do uso ático no seu emprego de pri,n comparado com o uso do aticista contemporâneo (de sua época), Dionysius de Halicarnassus. O grego mais comum no Novo Testamento é o grego do Apocalipse; mas seu autor claramente distingue a função de eivj e evn. Lucas é um dos autores mais cultos do Novo Testamento, mas ele confunde as duas preposições. Onde existe variação igual, uma clara divisão entre a literatura e o grego não literário é uma impossibilidade, mas é possível iniciar com a linguagem das massas como é preservada em papiro, depois avançar pelos autores que melhor refletem o vernáculo como aqueles do grego bíblico, Epiteto, Estrabão e Deodorus, e excluir do grupo do grego não literário todos os aticistas declarados.
Este grego não literário foi vigoroso, vivo e renovado com o ritmo da vida diária. Radermacher tem uma grande frase, "O período helenista amou as expressões vivas". Este é um elemento comum de todos os vernáculos. No Koinê isto significa o uso do presente histórico na narrativa, o uso do perfeito com o sentido de presente, uma preferência por superlativos sobre comparativos e por discurso direto de preferência ao discurso indireto. Há um constante superesforço para um destaque característico de qualquer ingênuo, autor iletrado. Um destaque falso como "a mesma coisa", "todo e qualquer", "bem único" guarneciam suas composições; e elas tinham suas reproduções no koinê não literário do período neotestamentário.
O vernáculo preconiza severamente por tal destaque. Esta direção para aquela superabundância de expressões características do jornal moderno como acontece também no grego koinê. Pronomes são usados como substantivos por verbos que não precisam deles; eles são espalhados abundantemente por todas as cláusulas. Glossário parentético apresenta-se em um corpo de sentenças inumeráveis. Preposições e advérbios acumulam-se antes e depois de verbos; verbos compostos são preferidos a formas simples; frases preposicionais substituem o caso simples, etc.
A ênfase forte e a redundância do Koinê são compensadas pela sua simplicidade. Na medida em que é linguagem do povo, carece ou não atende as subtilezas de expressão que satisfez grandes mentes da idade do ouro de literatura grega. A perda do dual e o optativo é devida não somente à "tendência" generalizada da linguagem grega de abandonar inflexão, mas também de limitações de pensamento simplório. A simplicidade do Koinê é devida à sua carência de subtilezas e sofisticação em seus autores. Aquela glória da prosa ática, a abundância de conectivos adequados para expressar as diferenças mínimas na relação de cláusulas, é um dos últimos elementos da linguagem a ser dominado por estudante moderno. No mundo antigo o uso de todas estas conjunções foi além do mercador egípcio e do soldado romano – não somente além de sua habilidade, mas também além de suas necessidades. Portanto, o Koinê conhece poucas conjunções. Sua conjunção favorita é "e", [...]. Cláusulas coordenadas, em grande parte, são de conjunções subordinadas como em muitos outros vernáculos. Se o Koinê lembra o hebraico nessa área, fá-lo por igual razão que sua semelhança Anglo-saxónica.
Mas a linguagem do povo não é totalmente simples e limitada. Na ocasião em que um escritor mais sofisticado (pelo menos na idade de ouro) evitaria a palavra poética e culta na escrita de uma prosa simples, o escritor do Koinê frequentemente usaria uma classe que bem aceitasse o estilo pomposo com o suspiro reverente, "ele conta justamente como um livro!" Há frequentemente um sabor livresco no Koinê; frases poéticas, palavras arcaicas, expressões (tags) sofisticas (cultas) são usadas para dar cor (ao escrito).
Este grego vernacular antigo está longe de evitar descrições paradoxais. Sua linguagem era robusta, porém limitada; vulgar, porém exaltada pela simplicidade; reduzida, porém colorida, e tão variada para fazer todas as generalidades inexatas quando aplicada a si.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
VIOLÊNCIA INTRAESPÉCIE
VIOLÊNCIA INTRAESPÉCIE
Por mais que se saiba que a violência é uma das características da natureza, e isso em todas as espécies de animais, alguns indivíduos não se acostumam com a sua incidência.
Hoje pela manhã, perguntei-me sobre em que estado se encontra um ser ao agredir a outro, de sua espécie ou não, ao ponto de executá-lo sumariamente. Pessoalmente, nunca me encontrei em situação que precisasse agredir a alguém até a morte, embora tenha eu, no passado, cometido algumas ações violentas. A primeira circunstância de que me lembro foi-me contada por minha mãe: Aos meus quatro anos de idade, envolvi-me numa briga na escola. Quinze dias antes, um garoto me derrubou de um brinquedo, no parque e, como resultado, meu braço esquerdo foi quebrado. Quando voltei à escola, depois da cura do braço, procurei o menino e "acertei as contas" com ele. Minha mãe foi chamada à escola. Não sei o desfecho desse acontecimento. Lembro-me de outra vez, quando adolescente, em que me aproveitei de uma situação para ir à desforra com um conhecido da minha rua que vivia a me jurar de uma surra. Várias vezes ele prometeu me bater. E ele teria condições de o fazer mesmo. Todas às vezes, eu conseguia me esquivar e sair ileso. Mas eu descobri que ele tinha muito medo de seu pai e este não o queria ver a brigar na rua. E se o visse assim, puni-lo-ia. Pois bem! Numa tarde, quando brincávamos na rua, eu observei que o pai do menino aproximava-se. Prontamente tive a idéia de me aproveitar do momento e parti para a agressão. Enquanto eu o esmurrava, avisava-lhe de que seu pai estava perto. Ele ficou pretificado, enquanto eu o esmurrava. Quando o pai dele se aproximou mais, eu corri para casa. Não me lembro de mais algum momento em que estivemos frente a frente. O fato é que "lavei" meu ego.
Pelo que me consta, em ambos os acontecimentos a violência que pratiquei aconteceu em função de motivações dos meus opositores. Mas me pergunto o que os motivou a agirem comigo como agiram. Por que queriam fazer-me mal? Teria sido gratuitamente ou em sua subjetividade sentiam-se, por algum motivo de minha parte, estimulados a me agredir? Que fazia eu, passivamente, ou não fazia?
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
NATUREZA HUMANA – PECADO ORIGINAL - DECORRÊNCIAS TEOLÓGICAS, ÉTICAS E EXISTENCIAIS
Se a (r)amartologia[1] (doutrina do pecado) tradicional estiver certa quanto ao que ensina sobre o Pecado Original; se Pelágio[2] não tinha razão quanto ao que ensinava, parece que a teologia tradicional[3] precisa enfrentar decorrências seriíssimas, mais do que se imagina nos redis cristãos. E isto não significa que eu seja pelagiano, diga-se de passagem.
A tese é: Se o homem é pecador por natureza, o "gérmen" de todas as práticas do pecado encontra-se essencialmente em sua constituição. Sendo assim, desde a sua concepção o homem está condenado pela divindade, pois que o Pecado Original, desde a suposta queda do primeiro Adão, passou a ser parte intrínseca da natureza humana, seja por traducionismo[4] ou por mera hereditariedade. Os sete pecados capitais[5] e suas ramificações encontram-se na natureza humana, essencial e potencialmente[6]. Esse pecado potencial torna-se ato ou não em função de direcionamentos possíveis que aconteçam durante a vida do humano. Esse raciocínio explica porque o homem se dá a comportamentos diversos, como também pode explicar porque muitos vivem práticas condenadas pela própria sociedade. O curioso nessa relação é que a mesma sociedade que condenada o pecado é a mesma que o estimula. Por outras palavras, potencialmente, enquanto depositário do Pecado Original, o homem está condenado pela divindade. Enquanto depositário de uma cultura, o homem poderá comportar-se como bem ou mal lhe for o caso, em consonância com sua natureza. Ora, desde que para a interpretação de uma teologia tradicional a cultura é expressão própria do pecado, pois que "o mundo jaz no maligno"[7], qualquer comportamento humano isolado da divindade é pecado, mesmo seus atos de justiça "são como trapo de imundícia" (Isaías 64:6)[8]. Este é o resultado de uma dedução bíblico-teológica-essencialista[9] reducionista[10]: Todo o ser do homem é explicado por uma interpretação teológica, hoje anacrônica, de uma época destituída de tinos necessários a uma antropologia hoje pertinente. Decorre disto que, quando censuramos a alguém por conta de seus atos, ou mesmo o condenamos num tribunal, estamos a nos condenar a nós mesmos, pois que temos potencialmente o mesmo pecado, embora ainda não em ato. Compreende-se assim o lembrete Paulino: "Aquele que estiver de pé, abra do olho: não caia"[11].
Um dos problemas que essa interpretação reducionista acarreta é a constante expectativa de que os relacionamentos possam desandar, unicamente por conta do pecado que não meramente está, mas é parte do homem. Existencialmente, o homem caminha por esta terra, marcado pela desconfiança. Daí uma exegese inadequada de Jeremias 17:5[12], para se dizer que não se deve confiar em ninguém, e isso de uma perspectiva moral; ninguém merece confiança. As pessoas se relacionam, esforçando-se ao máximo para confiarem em quem amam, mas sempre sobressaltadas com as possibilidades de surpresas indesejáveis. O problema é que as portas são fechadas para quaisquer outras possibilidades de explicação dos problemas humanos, e aquele que é considerado culpado de algo só tem solução se praticar o arrependimento ou penitência, voltar para Deus, para assim ter solução em sua vida. Sem contar que, muitas vezes, além de lutar pela confiança de quem lhe condena, precisa também depositar valores na conta bancária de alguns interessados pela sua recuperação.
Além da constante expectativa de que as relações não desandem, acontece o pior na mente humana, aturdida por aquela teologia reducionista: sensação constante de culpa. O raciocínio é: "Sou assim ou pratico isso porque sou pecador". É a expressão essencialista[13] do finado Paulo, contida em sua Carta aos Romanos: "Miserável homem que sou"[14], emitida por quem está petrificado pela ação de uma teologia medusóide[15]. É, na verdade, uma auto-imagem pessimista, embora racionalizada como realista. Será que os direcionamentos religiosos de muitos clientes de manicômios não contribuem pesadamente para tal estado de enfermidade mental? Enquanto em seus redis, esses enfermos são ensinados que, se não conseguirem alcançar uma compreensão devida da obra do Cristo, não lhes chegará cura tão cedo.
Outra decorrência é o prejuízo do livre arbítrio. Se o homem é o que é, pecador por natureza, seu livre arbítrio é sempre relativo, condicionado mesmo, a esta natureza[16]. Diz-se assim, pois que o homem tende necessariamente à realização da sua natureza e nisto está o seu fim e, por conseqüência, a sua lei (isto se pensarmos aristotelicamente). Portanto, nenhum humano poderá fugir de tal sina. Mesmo não tendo participado ativamente do Pecado Original. Ou seja, cada exemplar da espécie humana já nasce com uma dívida que ele não contraiu pessoalmente e esta lhe é cobrada de forma que ele deve desdobrar-se para pagá-la. O problema, pois, se assevera: O homem tem uma dívida; mas como pagá-la, se sua natureza é justamente contrária ao pagamento? Como ser obediente a uma lei que é contrária à sua própria natureza, pois que seu livre arbítrio tende necessariamente para o lado oposto da lei? Decorre disso que, se sua salvação é exclusivamente por decisão da divindade, os que permanecem no pecado podem muito bem raciocinar: "Não me livro de tal pecado porque isto é da minha natureza e, além do mais, sou um preterido. Afinal, Deus tem misericórdia de quem quer e endurece a quem quer"[17]. É possível, sim, que esse raciocínio aconteça! Por que não? É possível, sim, mas também é problemático! Principalmente se for o caso de um homem pecar, sem saber que nisso incorre. Porque a divindade o permite e logo após o castiga, se aquele homem está inocente na situação? É o caso de Faraó, relatado em Gênesis[18]. A explicação de que a divindade sabe o que faz e porque faz é mera escapatória de mente, no mínimo preguiçosa, quando deveria reconhecer sua incompetência para a solução do problema teológico.
Nesse passo, não há nenhuma crítica à divindade, mas um pedido de reconsideração em relação ao que se entende por Pecado Original, por Livre Arbítrio, por natureza pecaminosa e por tantos outros temas vinculados à teologia tradicional. Recorrer à tese da Soberania de Deus até que traz luz sobre o problema (Deus pode fazer as coisas do jeito que quiser), mas não é suficiente; Deus não age meramente por querer; e levar esta tese às últimas consequências complica a justiça divina. Isto será abordado quando do texto sobre a compreensão soteriológica[19] da Carta aos Romanos nos seus primeiros três capítulos.
A esperança é que a produção teológica viabilize possibilidade de respostas para tal dificuldade contida na teologia tradicional sobre o pecado, levando em consideração implicações teológico-filosóficas contemporâneas, principalmente quando se tratar de assuntos relativos à existencialidade humana.
Willians Moreira
[1] Do grego, amartia e logia (hamartia e logia), respectivamente "pecado" e "ciência", estudo, doutrina.
[2] Pelágio (360 – 423 d. C.), monge britânico. Escreveu dois livros sobre o pecado, o livre arbítrio e a graça (Da natureza e Do livre-arbítrio). Seus opositores foram Agostinho e Jerônimo. Pelágio negava o pecado original; negava que a graça é essencial para a salvação; defendia um livre arbítrio absoluto. Foi condenado como herege pelo Concílio de Éfeso, em 431 (OLSON, Roger E.. História da Teologia Cristã: 2000 anos de tradição e reformas. São Paulo: Vida, 2001. pag. 272.).
[3] Por teologia tradicional entenda-se a teologia que o cristianismo adota nos meios dominantes; teologia esta resultante ainda do pensamento medieval, nos meios protestantes e católico-romano. Teologia fundada em uma compreensão hermenêutica unicamente fideísta, que não abre espaço para interpretações fundadas em transdiciplinaridade cuja hermenêutica aponta para uma compreensão de mundo não reducionista.
[4] Segundo essa doutrina, tudo o que o homem é em sua completa constituição transmite aos seus descendentes quando os mesmos são gerados.
[5] Avareza, luxúria (ligado à vaidade), ira, melancolia, preguiça, gula e orgulho.
[6] Potencialmente, o homem é homossexual, bissexual, sodomita, hedonista, homicida, suicida, adúltero, ladrão, avarento, lascivo, preguiçoso, invejoso, e todas as ramificações possíveis dos sete pecados capitais.
[7] I João 5:19: "o` kosmoj o[loj en tw|ponhrw| keitai.ponhrw" reporta-se a um adjetivo que pode ser traduzido por "mal" ou por "diabo", a depender do contexto. Neste caso, maligno está associado ao diabo e, como tal, associa-se à degeneração ético-moral; é isso que não toca "aquele que é nascido de Deus (I Jo. 5:18).
[8] Isaias 64:6: "Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; e todos nós caímos como a folha, e as nossas culpas, como um vento, nos arrebatam" (Almeida Revista e Corrigida).
[9] Por essencialista quer-se entender a compreensão antagônica à filosofia existencialista.
[10] Por reducionista quer-se entender aqui o pensamento que restringe a compreensão de um fenômeno a apenas uma possibilidade de o entender, não deixando espaço para outras possíveis explicação do mesmo fenômeno.
[11] I Coríntios 10:12: "Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia" (Almeida Revista e Corrigida).
[12] Jeremias 17:5: "Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem" (Almeida Revista e Corrigida).
[13] Nesse caso, claro, esteriotipa-se a compreensão paulina, mas apenas como forma de mostrar que as raízes do essencialismo não são tão recentes, como alguém poderia pensar.
[14] Romanos 7:24 (Almeida Revista e Corrigida).
[15] Reporte-se aqui ao mito grego da Medusa, personagem mitológica que paralisava quem a olhasse direto nos olhos.
[16] Romanos 6:20: "Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça". Um servo não faz a própria vontade, mas a do senhor.
[17] Romanos 9: 15, 16: Pois diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece.
[18] Genêsis 12:10-20. Faraó tomou a mulher de Abraão sem saber que era mulher casada; afinal Abraão havia dito que ela era sua irmã (meia verdade). Por conta deste ato, Faraó foi castigado e muito. Quando o Faraó soube do fato, devolveu a mulher a seu marido. Ou seja, Deus permitiu que Faraó pecasse, mesmo que por ignorância, e depois o castigou. O que é complicado, se considerarmos a ação e Faraó como pecado.
[19] Do grego, sothri,a e logi,a (soteria e logia), respectivamente "salvação" e ciência, "discurso", estudo, doutrina.
domingo, 17 de outubro de 2010
POR UMA QUALIDADE E EXCELENCIA GRAMATICAL EM NOSSOS PÚLPITOS
Certa palavra dorme na sombra
de um livro raro
Como desencantá-la?
É a senha da vida
a senha do mundo.
Vou procurá-la.
Vou procurá-la a vida inteira
no mundo todo.
Se tarda o encontro, se não a encontro,
não desanimo,
procuro sempre.
Procuro sempre, e minha procura
ficará sendo
minha palavra.